quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bolos de Fubá


Imagem retirada do Google

Ingredientes ;
3 ovos
1 copo de açúcar
1 copo de óleo (menos 2 dedos abaixo da linha)
1 copo de leite (ou leite talhado).
1 copo de fubá
100 g de queijo (queijo minas em cubinho)
1 colher de chá de fermento (bem cheia)
1 colher de café de sal (rasa)
1 de erva doce (opcional)

Preparo;
Primeiro bata no liquidificador os ovos inteiros, o óleo e o açúcar.
Acrescente o leite, o queijo, a erva doce, o sal e o fubá e bata por mais 3 minutos.
Coloque, por último, o fermento e bata um pouco mais, só para misturá-lo.
Unte uma forma média (20 x 30), com óleo. Despeje a massa e coloque para assar.
Obs. O forno deve ser ligado antes de começar a preparar o bolo.
http://globominas.globo.com/GloboMinas/Entretenimento/TerraDeMinas/Receitas/0,,MUL301575-9641,00.html



Imagem retirada do Google

Bolo simples;
(Para tabuleiro pequeno ou forma de buraco no meio).
Preparo:
2 ovos, 1 xic. Açúcar, 1 e ½ de trigo, 1 colh. bem cheia de manteiga ou margarina, 1 ½ xic. de leite, 1 colher Royal, 1 pitada de sal.
Bater as claras e reservar. Bater as gemas, o açúcar, à margarina e o sal até formar um creme. Colocar o leite, a farinha, bater mais um pouco. Colocar o Royal, bater só pra misturar e por ultimo as claras em neve, sem bater, misturando delicadamente.
Obs. O forno deve ser ligado antes de começar a preparar o bolo.

Receita de Maria Lúcia - Contadora de Histórias - Curso Aletria.

domingo, 14 de novembro de 2010

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Ontem Fomos pela primeira vez ao Cartola Bar.
E um ambiente simples e acolhedor.
O atendimento e bom os frequentadores agradáveis.
O povo tem samba no pé e não fica só fazendo posse.
Os banheiros não são de Qualidade.
O cantor Ronaldo Leon (MPB samba)
Canta muito e durante muito tempo.

As Rosas Não Falam
Cartola
Composição: Cartola
Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão,
Enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim

Queixo-me às rosas,
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim

O Mundo é Um Moinho
Cartola

Composição: Cartola
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Com Acuçar e Com Afeto - Geléia de Jabuticaba

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Época de Férias... De casa da Vó Constança...
Tempo de jabuticaba... De Geléia... De ouvir e imaginar muitas Histórias.
A criançada chegava correndo feito bando de andorinhas...
O Jipe agarrou no atoleiro perto boqueirão...
A mãe tá toda elaminada com o Fernando nos braços.
E lá se vai o tio Tamiro com a junta de bois puxar o carro.
Quando finalmente a chuva estiava. As jabuticabas já estavam no ponto.
A avó e os netos subiam no pé de jabuticaba.
Chupavam muitas... Riam muito...
Ela contava histórias de assombração...
De escravos que arrastavam correntes...
Dizia que criança que mexe com fogo mija na cama.
Dizia prá gente não andar perto da terra de arroz...
Dentro da propriedade do senhor Modesto.
Porque ele tinha parte com o coisa ruim.
E estava chocando um filhote de capeta de baixo do sucavo.
A gente ia com a esperança de ver o filhote.
Um dia fui pescar escondido e quase fui mordida por uma cascável.
Mas dei um pulo de banda e quase raspei a cabeça da bicha.
Fiz o sinal da cruz e sai correndo.
Devia ser um dos guardas do capeta.
E claro que não falei nada.
Minha vó também gostava do pé de marmelo apesar
de não ter fruto.
Depois do almoço reunia as jabuticabas,
lavava, espremia, coava na pereira de palha,
colocava açucar e fervia.
Mexia e era só uma questão de tempo.
Enquanto esperava pegar o ponto
ela cantava lindas canções.
As minhas preferidas eram estás:

Ai eu entrei na roda... Eu entrei na roda dança
Eu não sei como se dança... Eu não sei dançar
Sete e sete são quatorze... Com mais sete vinte-e-um
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.
*
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pro meu amor passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Foi porque
Só porque te quero bem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De Volta as Terras do Aletria

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O homem que não fazia duas vezes o mesmo caminho - Tapete voador
Conta-nos uma história tradicional do Congo Belga que havia um rei que tinha uma filha de extraordinária beleza chamada Arondo. O Rei sempre dizia: “Pouco me importa que um homem me ofereça escravos, riquezas ou marfim para casar-se com minha filha. Não a levará. Eu quero para genro um homem que se comprometa a cair enfermo se ela adoecer e a morrer se ela morrer”. Como eram de todos conhecidas as condições do pai, ninguém se apresentava para pedir a filha em casamento.
Porém, um dia chegou um homem chamado Akenda-Mbani – “aquele que nunca vai duas vezes ao mesmo lugar” – e disse ao Rei: – “Quero casar-me com sua filha. Comprometo-me a cair enfermo se Arondo adoecer e a morrer se ela morrer”. E assim, Akenda-Mbani se casou com Arondo e dizem que nunca se viu casal tão feliz.
Akenda-Mbani era um dos maiores caçadores de seu tempo. Tanto que, logo após a lua-de-mel, saiu para caçar e matou dois javalis. Quando retornou disse ao rei: – “Matei dois javalis e aqui vos trago um.” O Rei, seu sogro, respondeu: – “Volte e recolha também o outro.” Mas Akenda-Mbani respondeu: – “Meu pai me transmitiu com seu nome a proibição de ir duas vezes ao mesmo lugar. Devo respeito eterno a esta tradição. Lá não posso voltar”. E assim aconteceu muitas outras vezes.
Um belo dia, o casal foi às compras na margem do rio. Eram mercadores orungus que pertenciam a uma tribo do Gabão. Além de excelentes negociantes, eram também afeitos às artes e à magia. Akenda-Mbani e Arondo voltaram para casa com uma caixa cheia de mercadorias. Lá dentro, encontraram um belíssimo tecido, que exalava um estranho perfume. – “Meu querido marido” – disse Arondo – “corte para mim mais ou menos três metros desse tecido. Gostei muito dele.” Dizendo isso, sentou-se em sua cama e recostou-se. Akenda-Mbani, sentado num tamborete, cortava calmamente o tecido.
De repente, Arondo gritou: – “Meu querido marido, sinto uma forte dor de cabeça! Acho que estou morrendo!” Ele atou um pano com unguento em torno da cabeça da mulher e outro na sua própria cabeça. Arondo começou a gritar que sua dor de cabeça piorava. E as pessoas, ouvindo os gritos, se reuniram em torno dela.
O Rei acudiu e disse: – “Não grites, minha filha, não morrerás!” – “Porque me dizes que não morrerei, meu pai? Sinto tanto medo!” - “Se temes a morte, podes estar certa de que ela virá”, respondeu o rei. Apenas o Rei havia acabado de pronunciar essas palavras, Arondo morreu.
Todo o povo lamentou, e o som da batida lenta dos tambores ressoou em sinal de luto. Então, o Rei disse: – “Agora que minha filha está morta, é preciso que Akenda-Mbani morra também!” Dito isto, Akenda-Mbani cerrou os olhos solenemente e prostrou-se ao lado de sua mulher, diante dos olhares estupefatos e respeitosos de todos os presentes.
Como era costume naquele lugar, os habitantes foram cavar a sepultura para os dois corpos, que deveriam ser enterrados juntos. Então o povo disse: “Cubramos tudo isso com terra e façamos em cima um pequeno monte”! Mas Agambuai, o adivinho do povoado, disse ao Rei: – “Cuidado! Por aqui há leopardos!” – “Não façam nenhum montículo – gritou o Rei – pois os leopardos poderiam vir, escavar a terra e comer o corpo de minha filha.” Ao que o povo respondeu, a uma só voz: – “Cavemos uma sepultura mais profunda!” E assim fizeram.
Retiraram da sepultura Arondo e seu marido e os colocaram sobre dois mantos, enquanto aprofundavam a cova. Em seguida, colocaram dentro Arondo. Porém, quando vieram até Akenda-Mbani para levá-lo de novo à sepultura, este reviveu e lhes disse: – “Eu não vou duas vezes ao mesmo lugar. Por que me puseram na sepultura e de lá me tiraram? Se todos sabem que eu não volto nunca a um lugar em que já tenha estado!”
É por isso que até hoje, por todo o Congo, dizem que se você já esteve no buraco uma vez, para lá não deve voltar jamais!
Esse é mais um ensinamento que nos legou a tradição oral africana. Muito bem vindo em tempos de Copa do Mundo, eleições, excessivo consumo e outras escolhas que a vida nos apresenta a cada momento.
(por Rosana Mont’Alverne - Fundadora do Instituto Cultural Aletria)

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