sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pavê de Pêssego - Carlos Drummond de Andrade

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Ingredientes


2 lata de pêssegos em calda
2 lata de leite condensado
2 lata de creme de leite
1 pacotes de biscoitos de champagne


Creme:
2 xícaras (chá) de leite
4 gemas
4 colheres (sopa) de maizena
Chantilly:
3 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de açúcar
1/2 colher (café) de baunilha
1 lata de creme de leite bem gelado e sem soro



Modo de Preparo
Chantilly:
1.Bata a manteiga com o açúcar e a baunilha, até obter um creme fofo
2.Acrescente o creme de leite e continue a bater até a consistência desejada
Creme:
1.Bata as gemas com o açúcar até dobrar de volume
2.Adicione a maizena
3.Leve uma panela ao fogo com o leite
4.Quando ferver, acrescente as gemas batidas com a maizena e um pouco de leite quente para ficar mais ralo
5.Mexa até engrossar
6.Espere esfriar e em seguida, adicione a ele o leite condensado e o creme de leite, mexendo sempre
7.Umedeça os biscoitos na calda de pêssego e arme o pavê em camadas de biscoitos e depois de creme
8.Comece e termine com os biscoitos
9.Finalize com os pêssegos picados com amêndoas
10.Cubra com chantilly e enfeite com pêssegos em fatias
11.Prepare o pavê um dia antes e conserve - o na geladeira





Caros amigos, em comemoração aos 109 anos do genial Carlos Drummond de Andrade, envio-lhes um dos seus maravilhosos poemas.bjx

Definitivo
Carlos Drummond de Andrade
"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."

Um comentário:

Cidinha disse...

Uau, que delicia! Acompanhado do poema de Drummond, realmente, um verdadeiro deleite!
Obrigada, amiga, pela visita, comentário e companhia, com certeza será um prazer!

beijo grande
Cidinha

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